"Quando formos velhinhos "
Recordo agora as promessas frente ao pôr do sol, sentados na areia ainda quente, entre longos e intermináveis cigarros.
As tuas frases começavam quase sempre com "quando formos velhinhos" e acabavam em múltiplas gargalhadas. Não era de desconfiar que partirias antes?
Que o teu relógio biológico te tornaria velhinho mesmo antes de o sonhares ser?
Que um dia voltaria a percorrer a "rua dos dois amigos" sozinha e que a calçada me traria de novo a tua imagem sorridente?
Que a memória, ano após ano, não se tornaria mais ténue, como nos fazem crer?
Agora percorro passar do tempo com as memórias que me deixaste, e um bagagem de gargalhadas que ecoam continuamente na minha cabeça.
Em memória de um ser único, que partiu cedo mas que me acompanha ao longo da jornada, "até eu ser velhinha".
❤️
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Obrigada pelo teu interesse no Livro Negro.
Patrícia Barbosa - Polvoz