Do exterior de uma chávena de café
Um tic tac de relógio certeiro, as mãos em volta de uma pequena chávena de café... Um relógio de mortes imparável, a vida segue fora das janelas de tua casa, a vida segue num planeta inteiro que dá voltas e voltas...
E o relógio de mortes implacável segue contando, quase imperceptível . E tu.. Tu aí.. Num momento de prazer, olhando esse líquido escuro, relaxado, preparando-te para a incerteza de mais um dia.. E o relógio das mortes segue.. Mas não foi sempre assim? Com as crianças em África, no Iémen, com a fome, com os animais, com a violência? Não houve sempre um relógio mudo, escondido, muitas vezes esquecido? Não houve sempre uma chávena de café egoísta que nos fez continuamente esquecer de tudo isto?
Não foi sempre assim? E agora?
Comentários
Enviar um comentário
Obrigada pelo teu interesse no Livro Negro.
Patrícia Barbosa - Polvoz