Coroa de Sangue
Vinde meu Rei,
Quero abraçar essa ambição que me mata aos poucos
Esse medo que te fere o orgulho
Desembainha a tua espada, combate a minha altivez com essa lâmina
Vinde meu Rei,
Meu mais poderoso dos homens
Meu gentil servo
Mostra-me o teu medo
Limpa este sangue que me corre nas mãos
a angústia desta Mancha que me persegue por entre as ameias do castelo
Vinde meu Rei
contemplar lado a lado
O abismo vermelho que me envolve
As pedras que me despedaçam
Esta sede, desejo de ti
Vinde meu Rei
possuir-me num acto de amor desmedido,
Funde o teu medo na minha ambição
Vinde meu Rei
Misturar-te neste sangue do qual me alimento
Participar desta morte eternizada em palavras
Vinde meu Rei
Ser uma vez Homem para além das tuas fraquezas
Vinde meu Rei
Beijar-me os lábios na hora da minha morte enquanto o meu corpo grita o teu nome como uma maldição
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Obrigada pelo teu interesse no Livro Negro.
Patrícia Barbosa - Polvoz